Assepsia no atendimento a pacientes

Se há uma área crítica onde a assepsia (ou seja, a higiene) é de fundamental importância é a área médica, especialmente em hospitais. A simples presença de um paciente num ambiente como esse já pressupõe problemas de saúde – alguns transmissíveis, outros não – e ferimentos que, se não forem bem tratados, podem piorar fortemente; inclusive, levando o paciente a óbito em alguns casos.

Por isso, a higiene é de extrema importância nestes ambientes. Essa assepsia é alcançada através da constante higienização de pisos, macas, pias, lençóis e muitos outros itens do local, mas não para por aí. Não adianta o local estar tão limpo se os médicos e equipe de enfermagem não tiverem cuidado semelhante na lida com os pacientes – e uma das formas de cuidado se dá através do uso de equipamentos de proteção individual, ou EPI.

Tão longe, tão perto

São-muitos-os-perigos-que-cercam-a-rotina-dos-profissionais-que-têm-contato-direto-com-os-pacientes.A equipe médica está sempre em contato direto com os pacientes, seja num atendimento por motivo de doença a ser diagnosticada, seja pela ocorrência de algum acidente. E são muito, mas MUITOS pacientes a passar pelos cuidados da mesma equipe num mesmo dia. Imagine então como esta equipe fica exposta a doenças adquiridas dos pacientes que trataram.

Por outro lado, os próprios pacientes ficam sujeitos à transmissão acidental de doenças de outros pacientes para si, quando a assepsia não é feita de maneira adequada pelos médicos que os atenderam. A responsabilidade é gigantesca e exige estado de alerta constante. Mãos devem estar sempre limpas, braços também, o rosto também. As médicas devem manter os cabelos presos, se forem longos, evitar maquiagem que possa liberar micropartículas como pó compacto e blush (já que estas micropartículas podem cair num ferimento aberto e provocar uma infecção que provavelmente nunca será explicada).

Mas não para por aí. Além destes cuidados básicos – e óbvios -, a equipe médica deve ficar constantemente atenta ao uso de jalecos, luvas e, se for necessário, macacões. “Mesmo com as mãos e os braços limpos??” Mesmo com as mãos e os braços limpos. Acontece que as mãos transpiram e esta transpiração não trafega apenas água: também trafega sais minerais e substâncias que o corpo elimina naturalmente. Esta “mistura”, se entrar em contato com um ferimento aberto, também pode infeccioná-lo e piorar muito o quadro de saúde do paciente.

Mas até aqui falamos da segurança do paciente. E a do médico? Também está incluída na proteção dada pelos EPIs. O contato direto com o sangue e outros fluidos do paciente pode acabar por transmitir ao médico ou enfermeiro alguma doença, inclusive doenças graves como a Aids, principalmente se houver um ferimento na mão do profissional (inclusive cutículas inflamadas, nas médicas). É uma situação perigosa para ambos os lados. Por isso, as luvas e os jalecos são tão importantes, pois permitem que o médico esteja perto do paciente, mas isolado e em segurança como se estivesse longe.

Descartáveis e permanentes

EPIs-totalmente-descartáveis.Alguns destes EPIs da área médica são de uso permanente devido ao material de que são feitos. Jalecos e chapéus cirúrgicos, por exemplo, podem ser higienizados e esterilizados após o uso, porque são feitos de tecido resistente. Os roupões cirúrgicos utilizados na cirurgia são descartáveis, bem como as máscaras, as sapatilhas e as luvas. Isso porque estas peças entram em contato direto com cortes, sangue, órgãos e fluidos dos pacientes e prefere-se descartá-los para evitar o risco de uma esterilização mal feita. Por sinal, as luvas não são esterilizáveis devido à sua composição (látex ou silicone, que não resistem a produtos químicos de limpeza nem a altas temperaturas).

Todo cuidado é pouco num ambiente hospitalar, pois ali o tempo todo procura-se salvar e preservar vidas.

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