A situação dos idosos

A análise atual da situação econômica e social dos idosos revela alguma heterogeneidade de situações sujeitas a mudanças rápidas e complexas. Em regiões menos desenvolvidas, onde os programas de segurança e de pensões sociais cobrem apenas uma minoria de trabalhadores, muitas pessoas idosas, principalmente homens, continuam a trabalhar por necessidade econômica e muitas vezes são vítimas de discriminação por causa da idade.

Atendimento médico e as empresas de acompanhantes

Na maioria dos países, as pessoas mais velhas não têm acesso adequado aos serviços de saúde e a formação medicina geriátrica é insuficiente em relação à demanda para este tipo de atendimento.

Além disso, existe uma necessidade crescente de serviços de acompanhantes a longo prazo em todo o mundo. Estes serviços têm sido prestados informalmente pela família, mas são cada vez mais oferecidos por profissionais e empresas especializadas hoje em dia. A demanda por esses profissionais aumenta continuamente em todo o mundo.

Houve um aumento significativo nos casos de abuso e negligência de pessoas idosas e isso afeta o idoso no campo econômico e no social e social.

O abuso de idosos se manifesta de muitas formas: abuso físico, psicológico, emocional, financeiro ou devido a negligência. Os fatores de risco para o abuso de idosos incluem o isolamento social, estereótipos e o rompimento de laços entre as gerações. Nas regiões isoladas de alguns países, as mulheres mais velhas correm o risco de serem abandonadas e seus bens apreendidos.

A grande maioria dos idosos são mulheres, principalmente entre idosos com idade de 80 anos ou mais, e a violência institucional ocorre mais frequentemente quando os funcionários que acompanham os idosos são mal treinados, passam por períodos de excesso de trabalho ou onde as normas de cuidados são fracas e mal controladas.

A crescente influência política dos idosos

O número crescente de pessoas idosas na sociedade ajuda a criar a consciência da importância do envelhecimento ativo, embora os estereótipos e as discriminação com base na idade continuem. Os idosos estão recebendo gradualmente o reconhecimento por suas contribuições para a sociedade.

Eles se converteram em uma força política importante e em crescimento, principalmente nos países desenvolvidos, onde os idosos pressionam as empresas para garantir que eles tenham uma participação maior nos processos de decisão.

No entanto, os seus níveis de alfabetização e educação atuais são muito inferiores aos da população mais jovem e isso contribui para a sua exclusão na participação ativa na sociedade e para as limitações que eles enfrentam no seu crescimento econômico.

O Plano de Ação Internacional sobre Envelhecimento em Viena

O Plano Internacional de Viena sobre o envelhecimento, aprovada na primeira assembleia mundial sobre o envelhecimento, realizada em Viena em 1982, inspirou os planos de reflexão e de ação sobre o envelhecimento para os últimos 20 anos no Brasil, que foram marcados por políticas e iniciativas de muita importância.

Em 1991, a Assembleia Geral da ONU, pela sua resolução 46/91, adotou uma série de princípios com base nos direitos humanos, para melhorar a qualidade de vida das pessoas idosas. Estes princípios são uma série de regras orientadoras para as áreas de independência, participação, assistência, auto realização e dignidade.

O Plano de Ação Internacional sobre o Envelhecimento, adotado em 2002 pela segunda assembleia mundial, pede mudanças de atitudes políticas e práticas em todos os níveis e em todos os setores, para aproveitar o enorme potencial da população idosa na sociedade durante o século XXI.

Agindo para uma velhice digna e participativa

O objetivo do Plano de Ação Internacional sobre o Envelhecimento é garantir que todos possam envelhecer com segurança e dignidade, garantir que os idosos participem ativamente na sociedade como cidadãos de pleno direito. O plano é um instrumento prático para ajudar nas decisões políticas sobre os aspectos fundamentais do envelhecimento dos indivíduos e da população.

Devido ao fato de que o envelhecimento e os desafios que ele impõe são aspectos comuns de todos os países, as recomendações são projetadas para serem adaptadas para uma grande diversidade de condições em cada país. O plano leva em consideração as diferentes etapas de desenvolvimento que cada país atravessa.

A promoção e a proteção dos direitos humanos e liberdades fundamentais, incluindo o direito ao desenvolvimento, são essenciais para a criação de uma sociedade para todas as idades, onde todas as pessoas participam plenamente e sem discriminação e em igualdade de direitos.

A luta contra a discriminação com base na idade e pela promoção da dignidade entre as pessoas, é essencial para que todos tenham o respeito que merecem. Para tornar isso uma realidade, uma relação de reciprocidade entre as gerações deve ser incentivada, enfatizada e encorajada através de um diálogo abrangente e eficaz.

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