A história da marca de pneus Continental

A história da marca de pneus Continental

A Continental é seguramente uma das mais prestigiadas e reconhecidas marcas mundiais de pneus para automóveis e motos, sendo a criadora do pneu mais seguro do mundo. Conheça a sua origem, dados corporativos, evolução e principais lançamentos, entre outras curiosidades da marca.

Origem e dados corporativos

A marca de pneus Continental, da empresa Continental AG, surgiu a 8 de outubro de 1871 na cidade de Hanover, Alemanha, tornando-se numa das principais marcas do setor automobilístico da atualidade, sendo fornecedora de pneus, sistemas de freios e peças automotivas para marcas de luxo como a Mercedes-Benz, a BMW e a Volkswagen. Competem diretamente com a Continental no mesmo segmento de negócio marcas como a Michelin, Pirelli, Bridgestone, Dunlop, Bosh, Goodyear e a Marelli.

A empresa possui cerca de 190 fábricas e centros de investigação distribuídos por aproximadamente 120 países, suportados por 160 950 postos de trabalho. Todavia, este registo foi conseguido ao longo de mais de um século de trabalho árduo, opções estratégicas vencedoras, aquisições e construções de fábricas e centros de pesquisa que elevaram a marca aos mais altos palcos e padrões mundiais.
Em 2012, a empresa obteve um volume de faturação de 32.7 biliões de euros, dos quais 1.88 biliões de euros foram lucros, tornando por isso inevitável falar-se nos pneus Continental quando se fala nas marcas de pneus de referência.

Evolução e principais lançamentos

A 8 de outubro de 1871, um grupo de nove banqueiros e industriais fundou o Grupo Continental. Inicialmente, a empresa produzia pequenas peças de borracha maleável e pneus maciços para bicicletas. Em outubro de 1882, a empresa afirmou a sua posição no mercado com o registo de uma marca própria preconizada na figura de um símbolo com um “cavalo rampante”. A imagem original registada em 1892 mantém-se até à atualidade, com pequenas variações nas cores e no slogan, mas sempre fiel à imagem original, tendo assim atravessado gerações.

Em 1898, a empresa iniciou a sua produção de pneus lisos para automóveis e deparou-se com problemas e necessidades específicas dos seus clientes e consumidores finais, ao nível da antiderrapagem e da dificuldade na troca de pneus. Com efeito, em 1904 produziu o primeiro pneu com desenho na banda de rodagem e, em 1905, o primeiro pneu antiderrapante. Mais tarde, em 1908 surgiu a roda desmontável, mais fácil de montar e desmontar.

Mas os avanços não se ficaram por aí. Entre 1920 e 1930, deu-se a fusão da Continental com diferentes empresas da industria alemã da borracha, criando-se a Continental Gummi-Werke AG. Desta fusão resultou que, em 1921, a empresa lançou pneus com uma fibra mais resistente, reforçados com arames e, em 1924, lançou um pneu de baixa pressão com maior resistência, conforto e durabilidade.
Em 1934, a empresa iniciou a sua expansão internacional com a inauguração de uma fábrica em Madrid, Espanha, e nove anos mais tarde a empresa registou a sua primeira patente para o fabrico de pneus sem câmara-de-ar.

A evolução da Continental foi afetada pela 2ª Guerra Mundial, com os bombardeamentos de fábricas na Alemanha. No entanto, após a guerra a empresa retomou a sua investigação e a introdução de novos produtos no mercado, como o pneu de inverno M+S, em 1952.
Alguns anos mais tarde, em 1979, a Continental adquiriu uma série de pequenas empresas de pneus da empresa americana Uniroyal Inc. Em 1985, com a incorporação da marca de pneus austríaca Semperit, a marca Continental conseguiu estabelecer-se em definitivo no continente europeu. Fora do continente europeu, as aquisições da gigante Alemã também tiveram início e, em 1987, a Continental comprou a fabricante norte-americana de pneus General Tire, reforçando a sua liderança no continente americano.

Entre os anos 1989 e 1990, a Continental registou a sua entrada em Portugal, juntamente com a Mabor, permitindo a produção de pneus em Lousado, Portugal, dando o nome de “Continental – Mabor”, instalando-se assim na península ibérica e a Europa ocidental. A conquista europeia teve também lugar na Europa oriental em 1993, com a aquisição da empresa Barum, da República Checa.
Em 1998, a empresa adquiriu a gigante dos freios e chassis Automotive Brake & Chassis por 1.93 biliões de dólares americanos, tornando-se pioneira no sistema de freio antitravagem (ABS). No ano 2000, para dominar o mercado japonês e coreano, a Continental e a Nisshinbo constituíram o "Continental Teves Corporation", promovendo a área de negócio dos sistemas de freio e de suspensão.
No ano seguinte, a Continental conquistou o mercado asiático com a aquisição da especialista em eletrónica Temic e, em 2002, a Continental e a Yokohama tornaram-se parceiras de negócios com vista a intensificar a produção de pneus para as marcas japonesas de automóveis.

Em 2006, a Continental reforçou a sua posição no setor da eletrónica automóvel com a parceira americana Motorola, Inc., levando a expansão das suas atividades ao ramo de telemática e, ainda neste ano, a Continental comprou a Siemens VDO permitindo a integração de tecnologias de instrumentação, conectividade, medidores, mostradores e rádio.

Em 2009, inaugurou-se a nova Central da Ásia e um Centro de Pesquisa & Desenvolvimento em Xangai, levando à formação da primeira fábrica de pneus na China em 2011, sendo a mesma estratégia seguida em Singapura.

Em 2013 a Continental foi considerada o quarto fabricante de pneus no mundo, segundo a revista alemã Neue Reifenzeitung em 2013.

Curiosidades

A Continental foi responsável pela tecnologia de selagem do balão de gás utilizado no primeiro Zepplin.
O primeiro carro que ganhou a corrida Nice-Salon-Nice foi produzido pela Daimler (Mercedes) com pneus Continental.
Como se pode constatar, a marca Continental é da preferência dos fabricantes e clientes de automóveis de todo o mundo, há mais de 140 anos, sendo líder no setor dos pneus na Alemanha, segunda posição na Europa e quarta posição a nível mundial. Em suma, a evolução da marca Continental culmina na oferta de produtos que primam pela segurança e pelo conforto dos automobilistas e passageiros.

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