A melhor idade na estrada!

Lembra-se daquele tempo em que as pessoas mais idosas ficavam em suas varandas, sentadinhas em suas cadeiras de balanço, um cobertor sobre as pernas e o livro caído no chão (porque dormiram enquanto o liam)? Quando os idosos eram considerados quase que “peças gastas” que não poderiam fazer mais nada da vida a não ser esperar a hora da grande viagem chegar? Pois é. Esqueça!!

Os velhinhos de hoje – que aliás nem gostam de ser chamados assim – estão com tudo! Gaças à medicina e aos serviços de assistência em geral, as pessoas estão chegando com cada vez mais força e disposição a essa idade maravilhosa onde toda a experiência conta! Ficar em casa pra sempre contando histórias pros netos?? Nada disso! Eles querem é sair de casa! A grande viagem deles é bem outra. Aliás, quantas vezes nós já vimos um grupo de aposentados contratarem um serviço de aluguel de vans e ir passear em bando nos lugares mais interessantes? Muitas! E eles estão cobertos de razão!

Viajar sem pressa

viajar de vanGrupos de idosos em viagem estão entre os acontecimentos mais interessantes de se ver. Normalmente são aqueles velhin… digo, aquelas pessoas EXPERIENTES que já fizeram tudo o que deviam fazer: trabalharam muito, cuidaram de seus filhos, ajudaram-nos até enquanto foi necessário, viram seus netos aparecerem, perderam pessoas queridas, ajudaram outros que também tiveram suas perdas… e sobreviveram. Sobreviveram ao mundo e a todas as facetas da vida. “E agora? Aposentados… o que há para fazer?” VIAJAR!!

E pra quê a pressa dos dias de correria se, agora, essa correria já não é mais necessária? Hora de ver o mundo passar – mas dessa vez, mais devagar.

É comum que as pessoas se agrupem com outras com afinidades e faixas etárias muito semelhantes – o que provoca um envelhecimento em grupo praticamente simultâneo, seguido de aposentadorias simultâneas e “desesperos” do tipo “e agora???” mais simultâneos ainda. Como todas as fases da vida, essa da aposentadoria necessita de um tempo para a cabeça se acostumar à ela e o ‘experiente’ vislumbrar as novas possibilidades. Sim, essa passagem não é automática. Na verdade é um choque e tanto! Num dia você trabalhava até tarde, logo depois não tem mais nada pra fazer, em caráter permanente! Imagine só. Mas quando essa poeira abaixar, aí sim vem a fase a aproveitar.

Quando o grupo tem aquelas amizades fortes, verdadeiros laços, é muito gostoso empreender viagens. A teoria é simples: traçar um roteiro, procurar um serviço de aluguel de vans, fazer o orçamento e partir. Certo? Certíssimo – para os viajantes. Porque transportar pessoas idosas é sempre uma preocupação para o motorista. Bom… pelo menos, deveria ser.

Passageiros especiais na área!

É bem verdade que os ‘experientes’ de hoje já não são tão frágeis quanto os de poucas décadas atrás – mas isso não os torna jovenzinhos com tudo em cima. A partir dos 40 anos, as mulheres já começam a sofrer um declínio na quantidade de cálcio em seus ossos – os homens também passam por isso, mas só mais velhos. A musculatura já não é mais a mesma e, a menos que sejam um time de atletas da melhor idade, estes passageiros especiais já estarão sentindo que seus movimentos não estão mais tão ágeis, nem seu equilíbrio. A visão de alguns pode ter problemas desde mais novos e esses problemas podem ter se agravado até sua idade atual. Nessas condições, é fácil perceber que é mais fácil acontecerem tombos, tropeços, desequilíbrios e fraturas.

viagem de van

“Então são de vidro!” Não, também não é assim. Mas já não são jovenzinhos vigorosos e ágeis. E o que isso quer dizer para o motorista? Quer dizer que ele deverá conduzir a van com muito mais cuidado. Por exemplo, numa freada brusca, nosso corpo tende a ser projetado para a frente com certa violência. Se a velocidade era pouca, ÀS VEZES conseguimos conter o arremesso do nosso corpo firmando o tronco e tensionando pernas e braços. Pessoas com mais idade, pelos problemas que já mencionamos, já não têm tanto reflexo para isso – e nem firmeza muscular para tal. A pele também já está mais frágil e, mesmo que batam o rosto contra um assento macio, podem acontecer fissuras e cortes. Ou seja, o motorista deverá ficar bem mais atento do que o normal para evitar freadas assim.

Igualmente, as curvas deverão ser feitas com mais precisão. Alguns motoristas tendem a fazer curvas “quadradas”, ajustando e reajustando o grau de esterçamento do volante várias vezes ao longo da curva. Com isso, a curva sai “quadrada”, cheia de “quinas”. E aí, se ele olhar pelo retrovisor central, vai ver seus passageiros chacoalhando lateralmente, sem conseguirem se  firmar direito. Logo, é mais um “detalhe” pro motorista ficar atento.

Para fretamentos assim, o motorista escolhido deve ser sempre dos mais tranquilos e pacientes da empresa, porque esta característica sempre se reflete em sua forma de conduzir. É mais garantia de serviço prestado com qualidade e de futuros novos contratos com essa turma especialíssima – e criteriosa! 😉

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