A variedade do segmento da moda proposto pelas confecções paulistas

A indústria de confecção tem como principais características a produção de peças e acessórios do vestuário, roupas profissionais, peças interiores (cortinas, capas, tapetes), fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos para vestuário. É comum estas indústrias também fabricarem tecidos e artigos de malha – fabricação de meias, tecidos de malha e outros artigos do vestuário produzidos em malharias (tricotagem).

A cidade de São Paulo contempla essa gama de variedades de produções têxteis, mas é no segmento da moda feminina que a maior capital do país se destaca, ao ponto de o volume da fabricação de roupas femininas da cidade influenciar a economia nacional e o mercado internacional.

Fábrica de RoupasTodo esse vertiginoso crescimento é fruto do longo trabalho desenvolvido pelas indústrias de fabricação que vem desde o início do século 20. Hoje, as fábricas de roupas femininas de São Paulo se inovaram no mercado e conseguiram se equiparar em competitividade com grandes marcas de roupas espalhadas no mundo afora. Tudo isso de uma forma sutil e sem muitos mistérios: as fábricas apostaram em traduzir da passarela aquilo o que realmente os clientes desejavam, que era adaptar os novos lançamentos da moda as reais curvas das mulheres brasileiras.

O Consumo Feminino

Foi decifrando o desejo de consumo feminino que as confecções paulistas atingiram grandes cifras anuais, tudo isso em um jogo de equilíbrio de preço justo e bom gosto. Quem anda pelas ruas de São Paulo, sobretudo a rua Oscar Freire – point paulistano para fãs da moda – podem constatar como as mulheres não fazem feio e adotam os mais diferentes estilos.

É interessante analisar a relação do crescimento do número de turistas estrangeiros que circulam em São Paulo com a moda produzida na cidade. A título de exemplo, a SP Fashion Week atrai mais de 100 mil pessoas, com relevância mundial, posicionando a cidade como a mais fashion da América Latina. O núcleo de pesquisas da São Paulo Turismo realizou um levantamento referente a 2012, apontando que 11,8% do público era formado por turistas, os quais responderam pela movimentação de mais de R$ 25,7 milhões na cidade, sem contar o volume de negócios gerados no evento, mais de R$ 1,5 bilhão. Tais características respondem por parte da explosão da demanda junto a empresas do setor de confecção e todo o seu entorno, ou seja, sua cadeia produtiva

Mercado da Moda

Esse mercado da moda paulista também tem crescido para o consumo das mulheres idosas. O Instituto de Estudos e Marketing Industrial de São Paulo (Iemi) apontou em um estudo recente um incremento da parcela de idosos no consumo de roupas, sobretudo as femininas. Esse fato, muito embora seja ainda um crescimento ainda tímido, um movimento embrionário, revela que as fábricas estão apostando nessa mais nova opção, que tem se mostrado bastante lucrativa e viável aos donos de confecções.

Outra aposta das fábricas é uma tendência que tem acertado em cheio a opção das consumidoras: a moda evangélica. A razão da movimentação desse setor deve-se ao fato das mulheres evangélicas, até pouco tempo atrás, não possuírem um guarda-roupa que valorizasse a beleza feminina, ao mesmo tempo em que respeitasse e valorizasse as tradições da religião. Diante dessa lacuna da moda, os setores industriais têxteis passaram a conquistar essa fração do mercado esquecida.

Formação das Empresas

A maioria das empresas que atuam na atividade de confecção é formada por pequenos negócios. Todavia, a concorrência não está restrita aos pequenos negócios. As empresas de grande porte são parte relevante desse cenário de disputa acirrada. Nesse sentido, as empresas dotadas de diferenciais estratégicos, como alto valor agregado a seus produtos, são mais competitivas.

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