Como Detectar o Autismo? 10 sinais clássicos que os pais devem ficar atentos

É possível perceber o Autismo nos primeiros anos de vida? E depois, o que fazer? Para responder essas dúvidas muito comuns, este artigo visa discutir 10 (dez) sinais que possam indicar a presença do Transtorno do Espectro Autista e a importância do diagnóstico precoce.

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1-      Dificuldades iniciais

O Autismo se caracteriza, basicamente, pela dificuldade de interação, que varia do menor ao maior grau, dentro do que se chama de “espectro”. Devido a essa variação entre o Autismo mais “brando”, para casos considerados mais “severos”, ou seja, que compromete mais do que a interação, e sim, a cognição, isso dificulta a percepção dos sintomas nos primeiros anos de vida.

Outra questão que dificulta o diagnóstico mais cedo é a postura dos pais, principalmente os de “primeira viagem” diante de alguns atrasos no desenvolvimento, como a fala, por exemplo. É muito comum dizerem que algumas crianças se desenvolvem mais lentamente do que as outras e que é normal, logo ela alcançará as outras, e etc.

Sim, há casos em que algumas crianças possuem um desenvolvimento diferenciado em relação às outras e isso não quer dizer necessariamente uma patologia. Porém, os pais devem ficar atentos e não “tapar o sol com a peneira”, ou seja, qualquer percepção de que a criança está com algum nível de atraso no desenvolvimento, deve ser relatado ao especialista pediatra, o qual, fará o encaminhamento para um psiquiatra infantil para detectar melhor qual é o problema.

Nesse caso, os pais devem prestar muita atenção no profissional médico (pediatra), pois, muitas vezes ele não têm conhecimento para detectar o Autismo. Na formação médica ou em qualquer área da saúde, o Autismo não faz parte do currículo, logo, nenhuma especialidade médica possui formação para lhe dar com o Autismo, por isso, os pais devem redobrar o cuidado, buscando várias opiniões de profissionais diferentes. Nunca confie cegamente na opinião somente do(a) pediatra.

2-      Sinais

Primeiramente, chamamos aqui de “sinais” e não de sintomas, ou seja, são pequenos indícios que podem ou não dizer alguma coisa mais séria. Nesse sentido, preste atenção nos seguintes sinais na criança:

– a criança prefere ficar sozinha do que com outras crianças;

– a criança ignora completamente a presença de outras pessoas no mesmo ambiente;

– a criança não faz contato com os olhos quando é chamada pelo seu nome;

– a criança demonstra extrema rigidez nas pequenas mudanças de rotina;

– a criança se sente bem fazendo movimentos ou gestos repetitivos;

– a criança não brinca como as outras crianças brincam com os brinquedos, por exemplo, um Autista prefere pegar um carrinho de brinquedo e ficar rodando a roda do carrinho ou desmontá-lo ao invés de empurrá-lo “fingindo” ser um carro de verdade, como as outras crianças fazem;

– são inquietas e até hiperativas (aqui, a hiperatividade não é o diagnóstico, e sim, um sintoma, portanto, cuidado!)

– as crianças autistas apresentam um olhar para o “infinito” quando nos olham. Parece que estão olhando através de nós, ou seja, a impressão é que nem estão nos enxergando realmente;

– não gostam de variar a alimentação;

– em certas situações, dão “birras” extremamente escandalosas e incontroláveis quando contrariadas, podendo durar horas e horas.

3-      Diagnóstico e início do tratamento

Ao perceber esses sinais, o primeiro passo é conversar com o(a) pediatra(o) do seu filho(a) e, se for o caso, ele será encaminhado para um neuropediatra ou psiquiatra infantil, que fará o diagnóstico correto, inclusive identificando o grau do Autismo.

Não se acomode, não pense que alguns atrasos no desenvolvimento, como a fala, podem ser simplesmente normais. Para ter certeza, solicite a opinião de um profissional com experiência em diagnóstico em Autismo.

É fundamental o diagnóstico mais cedo possível, para que seja feito o encaminhamento para os tratamentos adequados. E geralmente o diagnóstico é feito por uma equipe de multiprofissionais, durante várias sessões, acompanhados por um psiquiatra ou neuropediatra.

Os tratamentos, por sua vez, podem variar, dependendo do grau e de qual área a criança está com dificuldade em se desenvolver. Nesses casos, é muito comum o tratamento com Fonoaudiólogos (no caso no atraso na fala), fisioterapia (atraso no desenvolvimento motor), etc.

Quanto mais cedo os tratamentos se iniciarem, mais rápido o seu pequeno será estimulado, aumentando as chances do seu Autismo tornar-se cada vez mais brando, a ponto de, muitas vezes, após um longo período de tratamento, a pessoa consegue viver uma vida muito próxima do que nós chamamos de “normal”. Ou ao menos, eles serão adultos funcionais, independentes e felizes!

Fonte: www.desmistificandoautismo.com.br

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