O professor em foco – Como envolver o aluno em produção de texto

Computador, celular, vídeo game… são tantos os aparatos tecnológicos que são acessíveis aos alunos que fica complicado o professor trabalhar produção de texto e, ao mesmo tempo, atrair o desejo deles de produzir, permitindo-se envolver na imaginação e na ousadia.

Pois bem, se a imagem os envolve com tanta intensidade, por que não trazê-la como aliada nas propostas de produção em sala? Abaixo listamos para você, professor, algumas dicas que poderão qualificar o trabalho em sala de aula:

 

1ª dica: Explore o recurso do Data Show

Principalmente em turmas maiores, tal ferramenta facilita o envolvimento coletivo, já que a proposta é que todos fiquem focados no mesmo ponto. Além disso, o trabalho se torna mais dinâmico.

 

2ª dica: Escolha um vídeo curto como disparador

Privilegie sempre os vídeos de, no máximo, 20 minutos de duração, como clipes musicais e curtas de animação. Lembre-se de que a aula precisa ser organizada em três momentos: mostra do vídeo, discussão coletiva do conteúdo nele presente e apresentação da proposta de produção.

Antes de mostrar o vídeo, é importante comentar o que vai ser apresentado, sem interferir no conteúdo nele presente. É fundamental que eles vejam como apreciadores, para que não percam a essência do vídeo como um todo. Caso inverta os momentos, passando primeiramente a proposta, os alunos irão assisti-lo de forma tendenciosa, só considerando o que julgarem interessante na produção. Tal estratégia limita a compreensão do conteúdo, desfragmentando o contexto presente nele.

 

3ª dica: Avalie a melhor proposta para cada vídeo

Abaixo apresentaremos duas propostas de produção diferentes, condizentes com perfil do vídeo trabalhado:

 

Transposição da linguagem não-verbal para a verbal.

 

Este vídeo trabalha com bastante intensidade os recortes cronológicos. O passado e o presente se confundem primorosamente no enredo, exigindo do aluno uma organização coerente dos fatos.

A proposta é passá-lo para a linguagem verbal, refletindo em palavras os sentimentos dos personagens e a beleza da história.

Claro que o aval da criatividade deve ser dado, para que eles possam ir além da história apresentada. O vídeo é apenas um disparador, um ponto de partida, uma inspiração para que cada aluno consiga registrar, de forma autêntica, a sua versão.

 

Mudança de foco narrativo

 

Esbarrando na ficção, a história narra um amor difícil de ser declarado, por não ser compreendido pelas suas ações e por não se sentir aceito como é. Se pensarmos em um narrador nos apresentando ao enredo do vídeo, logo pensamos no robô, pois toda a história é apresentada sob a ótica dele.

Uma das propostas possíveis de se lançar a partir deste vídeo é recontar a história, mudando o foco narrativo. Ela pode ser apresentada a partir do ponto de vista da garota ou até mesmo do homem que a flerta.

Enfim, as imagens devem ser acompanhantes das propostas de trabalho de acordo com a realidade do aluno. O professor não pode perde em mente que o objetivo é instigar a escrita, fazendo o aluno se sentir confortável e competente diante do papel.

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