Voltando a se exercitar com pilates

Check-ups médicos anuais, pelo menos no meu caso, são mais ou menos como aquelas reprises de filmes clássicos: você já viu meia dúzia de vezes, sabe exatamente o que vai acontecer, nutre certa esperança em alguns momentos por um desfecho diferente, mas no fim das contas termina sempre igual. Comigo, é sempre a mesma cena – meu médico dizendo que eu deveria fazer exercício, que preciso emagrecer, que não estou ficando exatamente mais jovem e por aí, enquanto eu rebato dizendo que apesar de tudo os exames estão dentro da média, que vou fazer o possível para perder peso e que naquele ano vou me exercitar bastante.

Das minhas afirmações, apenas a primeira é verdadeira; felizmente, meu metabolismo ajuda bastante, não fumo, bebo o mínimo possível e nem tenho outros hábitos ruins, embora não deixe de fugir de um bom prato. Esta última, por sinal, é a razão pela qual eu não perco peso e minha cada vez mais saliente barriga se faz notar, o que acaba por levar ao fato de eu ficar cada vez mais preguiçoso e por consequência não me exercitar mais, como fazia quando era mais novo. Entretanto, em algum ponto isso teria que mudar.

Quem sabe voltando ao pilates, por exemplo? Veremos….

pilates

Fatos

Maior do que a minha rejeição natural por exercícios, para ser sincero, é a minha capacidade de ficar impressionado – no pior sentido da palavra – com acontecimentos alheios. Quando se tem uma determinada idade, você tem uma postura meio indiferente para alguns aspectos da vida, achando que certas situações nunca vão acontecer com você. Aí, de repente você faz quarenta anos e as coisas mudam um pouco de figura…

Conversando com seus amigos a partir de determinada fase da vida, parece que os assuntos de sempre perdem sempre espaço para como anda a saúde de cada um. Tem aquele que o cigarro resolveu cobrar o preço pelos anos de abuso, outro que se tornou diabético, um terceiro que se tornou hipertenso, a outra com problemas precoces de osteoporose e por aí vai. Mesmo que você esteja perfeitamente normal, começa a se indagar quando a roleta vai apontar para você e vai ter algo a adicionar nessa conversa.

Mudança

Sim, eu sei que isso pode soar um tanto dramático, mas finalmente cedi ao meu médico e comecei a me exercitar. Após um “período de adaptação” – leia-se meia dúzia de atividades começadas e abandonadas – eu acabei pegando certo gosto pelo Pilates. O que achei mais interessante a respeito dele foi sentir que o resultando estava vindo, coisa que atividades similares nunca me satisfizeram. Muito disso tem a ver com certo asco pela repetição do exercício, mas o Pilates conseguiu me cativar por certa variedade que apresenta dentro de seu padrão de movimentos.

Ainda não me tornei exatamente um atleta, mas resultados já estão se tornando visíveis no corpo e bem-estar. Até consegui certa inspiração para começar algumas caminhadas e corridas em paralelo, para dar um jeito na rotunda barriga. Se for para falar algo nas conversas dos amigos, pelo menos que seja sobre um esforço positivo e não um sintoma ruim, não é verdade?

 

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