A longo prazo ou a perder de vista?

Quando pensamos em saúde, normalmente pensamos numa condição que levaremos por uma vida inteira, não é mesmo? Uma vida tranquila, sem montes de remédios, sem limitações, uma vida inteira para caminhar na beira da praia, curtir um sol, um mergulho no mar, um passeio no campo, subir montanhas… Nunca pensamos que existem condições de saúde que podem nos impedir disso tudo. E por pensar assim, meio que levianamente, não nos cuidamos tão bem quanto deveríamos, propiciando o surgimento destas condições – e só nos arrependendo quando não há mais nada a ser feito a não ser… se conformar.

Esportistas que não tomam cuidado suficiente com seus músculos e ossos podem sofrer lesões que os incapacitarão para sempre de praticar seus esportes favoritos – e vários outros. Sofrem lesões sérias que danificam para sempre músculos, tendões e articulações e se veem fora de competições com as quais sempre sonharam – além de terem problemas progressivos à medida em que envelhecem. Comedores contumazes de doces sobrecarregam o pâncreas e, quando menos esperam, se veem diabéticos e dependentes de uma máquina de hemodiálise para se manterem vivos, à espera de um transplante de rim ou de um vida abreviada por puro descuido.

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Prestações não tão suaves assim

Quando pensamos em doenças, pensamos em situações como uma gripe comum: toma-se os remédios e, em alguns dias, está-se livre dela. Não é? Não nos lembramos, numa primeira oportunidade, de problemas de saúde que podem comprometer nossa qualidade de vida a longos períodos.

Um exemplo é a condromalácia, um desgaste nas cartilagens que ficam atrás da patela (ossinho do joelho). O tratamento para esta condição é longo – no mínimo seis meses – e repleto de prescrições de medicamentos e de restrições de atividades físicas. Uma simples caminhada se torna proibida nestes casos. Nem sempre requer cirurgia (o que, aliás, significa outros longos meses de recuperação).

O excesso de sal nos alimentos é um dos fatores de risco mais alto para problemas de saúde de longo prazo – ou mesmo problemas permanentes. A hipertensão atualmente é uma das doenças mais comuns e também é das que causam mais transtornos. Um hipertenso deverá passar o restante de sua vida controlando rigidamente a ingestão de sódio em qualquer alimento que consumir – e descuidos podem provocar picos perigosos na pressão arterial, o que pode danificar olhos, rins, cérebro e coração num piscar de olhos. Estes picos podem provocar rompimentos de veias e estes órgãos normalmente são os mais afetados. Resultados possíveis: cegueira, comprometimento renal grave infartos, AVCs e óbito. E estes são riscos permanentes nos hipertensos.

Evitando transtornos

consulte-os-profissionaisApesar de ser um dos discursos mais desgastados dos tempos atuais, a prevenção vai ser sempre o melhor caminho. Nosso próprio ritmo de vida já nos coloca em situação de risco de outras maneiras – a correria do dia-a-dia nos submete ao stress, aos acidentes de trânsito, aos acidentes domésticos, etc.. Porém, estes são riscos que corremos de forma quase que inevitável. Já os problemas causados por esportes praticados de forma inadequada ou pela má alimentação são totalmente controláveis.

Para verificar se a alimentação está adequada, procurar um nutricionista é fundamental – aliás, este profissional deveria ser consultado independente de dietas de emagrecimento! Cometemos muitos erros alimentares mesmo quando estamos com nosso peso dentro da faixa de normalidade e, com isso, colocamos nossa saúde em risco.

Finalmente, a fim de evitar lesões provocadas por esportes, nada mais adequado do que consultar um ortopedista ou clínico esportivo e, se possível, manter contato com um educador físico. Este último não deixará que você crie maus hábitos na prática de seu esporte favorito; o clínico poderá verificar, através de exames, se seu organismo está lidando bem como esforço ou se é necessária alguma correção.

Não relaxe na vigília sobre sua saúde: você dependerá dela por toda a vida.

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