DISTÚRBIO DE APRENDIZAGEM (TDAH)

DISTURBIO DE APRENDIZAGEM (TDAH)

                                                       MARCELA CREPALDI DE OLIVEIRA

                                                       VANESSA FERNANDA DA SILVA

INTRODUÇÃO

O presente artigo vem a RELATAR  sobre Distúrbio de Aprendizagem, dando enfoque no TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), neste artigo vem em destaque as principais síndromes que dificultam a aprendizagem do aluno.

Alguns teóricos foram citados para comprovação do quanto que os distúrbios de aprendizagem afeta o individuo, e também vem a destacar o que pode ter acarretado estes distúrbios e o que pode ser trabalhado com esse aluno para ajuda-lo na aprendizagem.

No artigo vem estratégias de pontos como os fatores de riscos, dificuldade de aprendizagem, alguns fatores responsáveis pelo TDAH, sintomas, estratégias de ação pedagógica.

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM E TDHA (DISTÚRBIOS DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE)

A declaração dificuldade de aprendizagem, de modo próprio dito, faz referência a não a um exclusivo distúrbio, mas a uma extensa gama de dificuldades que podem aparentar qualquer campo da performance do sujeito. A dificuldade de aprendizagem afeta a habilidade para abarcar, lembrar ou comunicar informações.

Raramente ela pode ser imposta a uma exclusiva origem. Muitos aspectos desiguais podem atrasar o funcionamento cerebral e originar problemas psicológicos nestes alunos.

Volta e meia, os problemas psicológicos são agravados por meio de ambientes doméstico e escolar com enfoques pedagógicos inadequados para a aluno.

De acordo com Goldstein (1998, p. 246):

Compreender que, para poder controlar em casa o comportamento resultante do TDAH, é preciso ter um conhecimento correto do distúrbio e suas complicações.

Ser coerentes, previsíveis em suas ações e mostrar apoio às crianças em suas interações diárias, pois como foi dito, este não é apenas um problema que pode ser curado. O distúrbio afetará a criança durante toda sua vida.

Manter-se numa posição de intermediação entre a escola e outros grupos. Dar instruções positivas. Cuidar para que seus pedidos sejam feitos de maneira positiva ao invés de negativa. Recompensar amplamente o comportamento adequado.

Crianças com TDAH exigem respostas imediatas, frequentes, previsíveis coerentemente aplicadas ao seu comportamento. Planejar adequadamente. Aprender a reagir aos limites de seu filho de maneira positiva e ativa. As regras devem ser claras e concisas.

Atividades ou situações nas quais já ocorreram problemas devem ser evitadas. Punir adequadamente, porém compreendendo que a punição só trará uma modificação de comportamento para a criança com TDAH, se acompanhada de uma estratégia de controle.

Por ocasiões o problema de aprendizagem está adjunto a um distúrbio de atenção com hiperatividade (TDHA) que carece de diagnóstico e tratamento especializado.

ALGUNS FATORES RESPONSAVEIS PELO TDAH

Os termos problemas e distúrbios de aprendizagem apresentam  muitas polêmicas dentre os profissionais, seja do campo da educação como da saúde. Isto já que, tem uma sintomatologia extremamente extensa, com variedade de fatores etiológicos, bem como se analisa o aprendizado da leitura, grafia e matemática.

Segundo Koch e Rosa (2009) a hiperatividade e déficit de atenção é um problema mais comumente visto em crianças e se baseia nos sintomas de desatenção (pessoa muito distraída) e hiperatividade (pessoa muito ativa, por  vezes agitada, bem além do comum).

São vários fatores que podem ocasionar o distúrbio de aprendizagem dentre eles; TDAH ( Transtorno de Destro de Atenção)

Confirma Barcelos (1997), “toda criança tem seu desenvolvimento de aprendizagem e por isso que a escola tem o dever de recebê-lo e educá-lo inserindo-o no ambiente escolar como aprendiz e devolvendo-o para sociedade um cidadão pensante e apto a desenvolver suas atividades diante dos desafios”.

O TDAH é uma doença que aparenta de 3 a 5 % da população escolar infantil, afetando o atuação escolar, atrapalhando as inclusões interpessoais e gerando baixa autoestima.

Perante o que diz Smith e Strick, (2001, p. 20) “As crianças com TDAH são frequentemente acusadas de “não prestar atenção”, mas na verdade elas prestam atenção a tudo”. “O que não possuem é a capacidade para planejar com antecedência, focalizar a atenção seletivamente e organizar respostas rápidas”.

Neste caso quão grandemente podemos ver que tem múltiplos fatores responsáveis pelo TDAH, sejam eles na gravidez aonde a mãe ingeriu bebida alcoólica, fumou, garotos que foi mira de exibição ao chumbo dentre 12 e 36 meses de idade, problemas neonatais, bem como ausência de oxigênio, traumas obstétricos, rubéola intrauterino, encefalite, meningite pós-natal, subnutrição e traumatismo craniano são fatores que também podem contribuir para o surgimento do TDAH.

Diferentes pesquisas concretizadas em diversos países reforçam a conjectura que o TDAH tem um caráter hereditário expressivo.

A predisposição genética foi evidenciada em grafitos aproveitando famílias, casos de gêmeos e adoção (Thapar et al. 2005). A probabilidade de que a criança terá um diagnóstico de TDAH aumenta até 8 vezes se os pais também tiverem o transtorno (Biedermann et al 1992).

Outro fator é o genética, com cita em  Enciclopédia Livre (2009)  os “problemas familiares como: um funcionamento familiar caótico, alto grau de discórdia conjugal, baixa instrução, famílias com baixo nível socioeconômico, ou famílias com apenas um dos pais”, podem colaborar com os sintomas.

De tal modo, a apresentação a episódios psicológicos estressantes, assim como uma agitação no equilíbrio familiar, ou diferentes fatores geradores de ansiedade, pode agir como Desen­ca­deante dos sintomas.

SINTOMAS

De acordo com Koch e Rosa (2009) o TDHA se manifesta de três formas:

  1. Desatenção;
  2. Hiperatividade/ impulsividade;
  3. Desatenção e hiperatividade.

O fundamental sintoma, conforme o site Banco de Saúde, é a dificuldade em manter o foco da atenção e/ou manter-se quieta, estes sintomas podem se manifestar de diversas maneiras:

As crianças com TDAH, em especial os garotos, são muito agitados ou ansiosos, não conseguindo ficar sentados em suas carteiras, mexendo sempre os pés e mãos, sendo assim taxados como o garoto problema em sala de aula.

Articulam com intensidade e constantemente solicitam para sair de sala de aula. Apresentam problemas para sustentar atenção em atividades abundantemente alongadas, periódicas ou que não lhes estejam convenientes.

São facilmente distraídas por estímulos do ambiente externo, mas também se distraem com pensamentos “internos”, dando a impressão de estarem “voando”.

Diante das afirmações de Golfeto (1992, p. 12):

“Nessa síndrome a criança apresenta dificuldade em discriminar a direita da esquerda, em orientar-se no espaço, em fazer discriminações auditivas e em elaborar sínteses auditivas. Apresenta alterações de memória visual e auditiva. A outra característica importante é a má estruturação do esquema corporal.”

Rohde e Benczick (in Enciclopédia Livre, 2009) caracterizam o TDAH em dois grupos de sintomas:

SINTOMAS RELACIONADOS À DESATENÇÃO

. Não prestar atenção a detalhes;

. Ter dificuldade para concentrar-se;

. Não prestar atenção ao que lhe é dito;

. Ter dificuldade em seguir regras e instruções;

. Desvia a atenção com outras atividades

. Não terminar o que começa;

.Ser desorganizado;

. Evitar atividades que exijam um esforço mental continuado;

. Perder coisas importantes;

.Distrair-se facilmente com coisas alheias ao que está fazendo;

OS SINTOMAS RELACIONADOS À HIPERATIVIDADE/IMPULSIVIDADE

. Ficar remexendo as mãos e/ou os pés quando sentado;

. Não permanecer sentado por muito tempo;

. Pular, correr excessivamente em situações inadequadas;

. Sensação interna de inquietude;

. Ser barulhento em atividades lúdicas;

. Ser muito agitado;

. Falar em demais;

. Responder às perguntas antes de concluídas;

. Ter dificuldade de esperar sua vez;

.Intrometer-se em conversas ou jogos dos outros.

ESTRATEGIAS DE AÇÃO PEDAGOGICAS

Para se obter êxito, ou seja um bom resultado na sala de aula estabelece uma cadeia de táticas, os educadores necessitam ter conhecimento metodológicos e táticas que ajudem os educandos com TDAH a apresentarem melhor atuação.

Assim sendo o educando com TDAH se volta a fazer algo estimulante ou do seu interesse, consegue ficar mais sereno.

PARTEL (2009) menciona dicas para alterações de conduta:

  • Evitar a utilização de reforços negativos, para que os mesmos não sejam

aumentados.

  • Utilizar mais reforços de extinção – um comportamento sem IBOPE provavelmente sairá do ar.
  • Sempre utilizar reforços positivos, pois se a qualquer comportamento adequado (mesmo que para pais e professores não passe de mera obrigação), houver recompensa e/ou reconhecimento, esse tipo de comportamento tende a aumentar cada vez mais.
  • Quando se pretende modificar um comportamento indesejável, deve-se

decidir por qual o comportamento positivo quer substituí-lo, para depois ir punindo o comportamento posicional indesejável, com punições brandas, como por exemplo a perda de privilégios, mantendo a relação de uma punição para três ou mais situações de elogio e recompensa. A tendência é a extinção natural das punições.

  • Não se deve perder a perspectiva dos objetivos, evitando a irritabilidade, a impaciência, a confusão e atitudes enfurecidas frente ao aluno com TDAH.
  • É necessário manter o ritmo, respirando fundo e lembrando que o adulto é o educador.
  • Deve-se ter muita sabedoria e paciência para equilibrar amor com regras e limites claros na educação.
  • Objetiva-se a preparação da criança e/ou adolescente para viver em sociedade, para que se integre, com boa auto-estima, sabendo respeitar limites (seus e dos outros).
  • Olhar de fora da cena, como se fosse um estranho imparcial, racional, sem qualquer envolvimento emocional.
  • Deve-se enfocar o comportamento negativo, deficiente e destrutivo que necessita ser mudado, lembrando sempre que o aluno tem uma incapacidade, uma dificuldade, e não falta de caráter: ele não consegue controlar o que fala ou faz e com certeza tem qualidades e potenciais a serem valorizados.

A sala de aula onde um aluno com TDAH frequenta necessita ser bem organizada, as atividades necessitam ser interessantes, o educador deve ter conhecimento da agitação x indisciplina.

CONCLUSÃO

Podemos notar que múltiplos fatores podem encontrar-se acoplados ao Distúrbio de Aprendizagem e entre eles esta a o déficit de atenção e a hiperatividade ou falta de controle, onde os alunos ainda podem encontrar-se conectados a fatores de risco que o aluno foi debelado, assim como meio ambiente ( seja na gestação, onde a mãe pode consumir bebidas alcoólicas ou algum tipo de droga) , meio familiares.

Contudo podemos afirmar que nem todas as crianças que passam por dificuldades provocadas por meio ambiente ou familiar são hiperativos, para ser verdadeiramente verificado é indispensável conseguir diagnóstico específico, feito por profissionais especializados. A ausência de diagnóstico e um tratamento apropriado ocasionam amplos danos à vida do educando, tanto profissional, quanto social, particular e afetivo, sem clinicar, diversos distúrbios podem agregar ao conjunto, a amor-próprio fica cada vez mais danificada e a pessoa vai se fechando do mundo.

Além disso, os docentes necessitam ter ciência sobre a dificuldade e caçar um trabalho diferençar-se, empregando táticas variáveis de ajuste com seu educando, para que o próprio obtenha sucesso no campo escolar.

REFERENCIAS

Barbosa GA. Transtornos hipercinéticos. Infanto 1995;3:12-9

Biederman J, Newcorn J, Sprich S. Comorbidity of attention deficit hyperactivity disorder with conduct, depressive, anxiety, and other disorders. Am J Psychiatry 1991;148 (5):564-77

Organização Mundial da Saúde. Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID-10: descrições clínicas e diretrizes diagnósticas. Porto Alegre: Editora Artes Médicas; 1993.

Rohde LA, Busnello EA, Chachamovich E, Vieira GM, Pinzon V, Ketzer CR. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade: revisando conhecimentos. Rev ABP-APAL 1998;20(4):166-78.

American Academy of Child and Adolescent Psychiatry (AACAP). Practice parameters for the assessment and treatment of children, adolescents and adults with attention ¾ Deficit/hyperactivity disorder. J Am Acad Adolesc Psychiatry 1997;36 (10 Suppl):85S-121S.

Murphy K, Barkley RA. Prevalence of DSM-IV symptoms of ADHD in adult licensed drivers: implications for clinical diagnosis. J Attention Disord 1996;1(3):147-61.

Rohde LA, Biederman J, Knijnik MP, Ketzer CR, Chachamovich E, Vieira GM, et al. Exploring DSM-IV ADHD number of symptoms criterion: preliminary findings in adolescents. Infanto 1998;6(3):114-8.

  1. Guardiola A. Distúrbio de hiperatividade com déficit de atenção: um estudo de prevalência e fatores associados em escolares de 1ª Série de Porto Alegre [tese]. Porto Alegre: UFRGS; 1994.
  2. Wechsler D.WISC-III/Manual. New York, NY: The Psychological Corporation;

 

No comments yet.

Deixe um comentário

*