Segurança no trânsito: O que eu preciso saber?

Segurança no trânsito: O que eu preciso saber?

A melhor e mais importante postura que você pode assumir no trânsito é decidir Dirigir Defensivamente. Mas o fato dos condutores possuírem CNH em dia, não implica dizer que saibam o que é isso. Ou se sabem teoricamente o que significa Direção Defensiva, mostram-se, em sua maioria, insubmissos e desinteressados em viver o tema na sua prática. Ou pelo menos até que tenham a chance de experimentarem de perto as consequências de dirigir de forma imprudente, e mudem então radicalmente.

Infelizmente não são todas as pessoas que passam por tais experiências, que tem o privilégio de viver para contar a sua história e dizer o quão são arrependidos de não terem agido de outra maneira.

Mas afinal o que é mesmo dirigir defensivamente?

É em primeiro lugar fazer uso da sua formação teórico-prática adquirida em sua autoescola. Procurando sempre manter-se atualizado sobre as leis de trânsito, condições do veículo e equipamentos, bem como considerar possíveis situações de perigo.

Concomitantemente se manterá em alerta às condições adversas, prevendo ocasiões de perigo e assim evitando ou reduzindo a possibilidade de acidentes. O mesmo ainda se utilizará do uso consciente das luzes de seu veículo, pois possui consciência de que o uso indevido de faróis altos podem ofuscar a visão de outros motoristas e de que a luz baixa é o ideal, quando sob influência da chuva ou neblina.

Já que o Tempo (condições meteorológicas ou ambientais), deve ser fator determinante para tomada de decisões no trânsito. Vale salientar que não trata-se apenas da chuva ou neblina, já faladas. Mas de que qualquer outro fator meteorológico e ambiental que de alguma forma atrapalhe a visibilidade, como a fumaça e granizo.

Porém mesmo se o Tempo estiver ajudando, o motorista defensivo se mantêm em perfeita atenção ao trânsito, pois sabe que outros agravantes podem deixa-lo à mercê de fatores de risco e culminarem em situações de descontrole e perigo. Agravantes esses como: As más condições das vias; A situação na qual se encontra o trânsito (congestionamentos, horários de pico, tráfego de veículos pesados, ciclistas, animais ou crianças); Condições de seu veículo, principalmente no que se refere aos itens de segurança, como luzes, freios, pneus, suspensão, retrovisores e extintor. Além de outros cuidados como: manter o peso e o volume de sua carga adequado a capacidade do seu veículo. Inclusive quando sua carga, trata-se de pessoas. Nunca trafegar com excesso de passageiros e lembra-los do uso obrigatório do cinto de segurança.

Assim, fica visto que é fundamental que o motorista tenha habilidade e destreza ao volante, mas que isso, se não associado a todo o resto, não nos propiciará a segurança necessária. Vale lembrar que nenhum motorista, por mais experiente que seja, é Super-herói ou possui duas ou mais vidas. Portanto só deve dirigir se estiver em boas condições físicas, psicológicas e cognitivas. O que não combina em nada com o uso de drogas ou álcool, e nem mesmo qualquer medicamentos que comprometam qualquer uma de nossas funções neurológicas, causando por exemplo sonolência, estresse ou mudança de estado emocional.

Cinto de segurança: É mesmo tão importante?

Supondo que você não saiba nadar, ainda assim teria coragem de se lançar em alto mar sem um colete salva vidas? Acredito que sua resposta seja: É obvio que não!

Para responder tal pergunta você não hesitou, não se questionou dizendo: Depende de quanto tempo vou passar no mar; ou depende de quem vai pular comigo; não sei, talvez teria coragem se o mar fosse perto de minha casa.

Pois bem, semelhantemente ao colete salva vidas, temos à nossa disposição o cinto de segurança. Mas a importância que damos ao mesmo, não parece tão preciosa quanto a que damos ao colete salva vidas.

No entanto, é ele que fora do mar assegurará que estejamos protegidos das fortes e violentas tempestades chamadas acidentes de trânsito. Mesmo sabendo disso, é normal ouvirmos desculpas como: tirei o cinto de segurança porque já estava perto de minha casa; tirei só por um momento, já que ele é muito desconfortável; não coloquei o cinto porque quem estava no volante era meu pai e ele só dirige em baixa velocidade.

Usar de desculpas como essas, é nos enganar, é mentir para nós mesmos. Já que sabemos que os acidentes acontecem, por inúmeras vezes, ainda na entrada ou saída de casa e mesmo que o seu motorista seja a pessoa mais responsável e idônea que você conheça, talvez aquele que cruzará seu caminho não tenha esse mesmo perfil.

Assim depende de circunstâncias, usar o cinto de segurança é mais que um dever seu. É um direito. Direito de continuar vivendo. Direito de decidir lutar em favor da vida.

Criamos a péssima ideia de que só quem precisa mais do cinto de segurança é o motorista. Ideia essa que em nada pode ser defendida e de nenhuma forma pode ser ratificada. Muito pelo contrário. Todos os passageiros, sim, absolutamente todos os passageiros, devem se utilizar do cinto de segurança. Os do banco da frente e também os do banco traseiro. Tal atitude não fará apenas diferença na hora de salvar a sua vida, mas também servirá possível para reduzir os possíveis riscos de morte de seus companheiros de viagem. Como assim? Mesmo que o motorista e copiloto estejam portando o cinto de segurança, se quem está atrás deles não estiver fazendo o mesmo, em momentos de impactos ocasionados por exemplo numa parada brusca, os passageiros de trás serão lançados para a frente colocando em risco a sua vida e a de outrem.

Estudos mostram que o passageiro de trás, quando solto, é projetado para a frente com uma força superior a 50x o seu peso, graças a desaceleração brusca do veículo. Ou seja se uma pessoa de 50kg viaja no banco traseiro de um carro que esteja em velocidade média de 50km/h, se arremessado para frente, seu peso será igual ou superior a 2.500kg.

O cinto ele dá firmeza ao motorista, mantendo-o na posição correta e aliviando até mesmo o cansaço para quem está no volante. Estima-se que que a probabilidade de sobrevivência com o cinto é 5x maior, do que sem o equipamento em casos de acidentes. E que ele reduz em até 40% os riscos de morte e lesões graves em colisões.

Portanto é importante que antes de partir, o motorista certifique-se de que todos os passageiros já estejam fazendo uso do cinto, e saliente que o mesmo só deve ser retirado quando o carro já estiver parado.

Bebê Conforto, cadeirinha e assento para crianças: Fazendo o uso correto desses itens.

Falamos um pouco do uso do cinto de segurança e da importância para nossa segurança, mas esse dispositivo foi desenvolvido apenas para pessoas com mais de 1,45cm de altura, por isso não são considerados como equipamentos de segurança para crianças. Daí a necessidade da criação e obrigatoriedade de assentos de segurança para crianças. Primeiro é necessário entender que existem diversos tipos de assentos e que cada um deve estar adequado ao peso, idade e altura da criança.

Vejamos então quais são eles:

Bebê-conforto: Essa pode ser usada do nascimento da criança até que a mesma complete 13 quilos ou 1 ano de idade. Seguindo sempre as recomendações do fabricante, esse item está adequado à anatomia dos bebês dessa idade e os mantém em posição semiereta, para que em casos de impactos não tenham fraturas na coluna e no crânio, já que possui um sistema de proteção para a cabecinha e pescoço desses pequeninos. Além disso é confortável, e o fato de ser colocada de costas para o movimento, faz com que a criança esteja ainda mais perto segura e livre de possíveis danos. Ela pode ser fixada no meio do banco de trás, ou à direita do passageiro, de preferência preso pelo cinto de três pontos.

Assentos conversíveis: São desenvolvidos para serem usados por mais tempo, já que comporta a fase acima citada do Bebê-conforto, quando a cadeirinha deve estar de costa para o movimento e deve ser utilizada até um aninho de vida, depois dessa primeira fase, através de pequenas adaptações que já vem no equipamento, estará totalmente adequado para a nova fase da criança, que agora posicionada para frente e não mais de costas ao movimento, poderá se utilizar do assento até a pré-escola, ou seja até os seus quatro aninhos, isso claro, se a criança estiver dentro do peso e altura recomendados pelo manual do fabricante.

Cadeira de segurança: Esta é utilizada para a fase 2 citada no item acima. Quando a criança tem entre 1 e 4 anos de idade, e aproximadamente treze a dezoito quilos.  Devem ser afixadas com o auxílio do cinto de segurança do carro e ao contrário do assento conversível, não pode e nem deve ser utilizado para crianças menores de um ano de idade ou com menos de 13 quilos.

Assento de elevação ou booster: São para os pequenos que tem entre 4 e 7 anos e meio. Nessa fase fica nítido que a criança já não cabe ou não está mais nenhum pouco confortável nos demais assentos, uma vez que excedeu os limites adequados de altura e peso para a utilização desses, no entanto não tem ainda a altura necessária para se utilizarem apenas do cinto de segurança do veículo. O assento servirá então, justamente para isso, suprindo a deficiência da altura e fazendo com que a criança se encaixe ao cinto do veículo de forma que esse item de segurança esteja encaixado da forma correta, assegurando-lhe uma real e total segurança dos membros mais vulneráveis. É importante ainda salientar que deve ser dado preferência ao cinto de três pontos no banco traseiro, para melhor eficácia e garantia deste produto.

No demais, resta-nos elucidar de forma clara e objetiva que Bebês e crianças sob nenhuma hipótese podem ser conduzidas no colo de outro passageiro. Já que além de serem arremessadas para frente em caso de choques com outros veículos, sofrerão possíveis esmagamentos pelo peso do corpo do adulto, se o mesmo também estiver sem o cinto de segurança. Pois, no momento do acidente, a força com que a criança e o adulto são projetados é muito grande, sendo impossível para uma pessoa segurá-la. Já que numa colisão a 50 km/h, uma criança de 4,5 kg equivale a uma força de 150 kg contra os braços que a seguram.

Fica visto que, apesar de não podermos controlar o imprevisível e acidental, podemos tomar algumas medidas de segurança, que podem garantir a nossa sobrevivência e amenizar ou até anular as consequências de possíveis acidentes de trânsito. Medidas simples que fazem grande diferença em nosso dia a dia, tais como: Viajar apenas com veículos em bom estado e revisados. E sempre, absolutamente sempre, considerar tudo o que foi ensinado durante a formação como condutor. Para que assim sinta a diferença do que é poder dirigir com tranquilidade e segurança.

confortoeseguranca

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