Hora do lanche na escola

Toda mãe de filhos pequenos, tem um zelo especial por eles. Afinal, tão novinhos, indefesos, despreparados pra vida e seus golpes baixos… A vontade é seguir com eles onde quer que vão, para defendê-los de qualquer ameaça que surgir, mesmo que seja uma formiga no parquinho da escola.

Mas o que nem toda mãe percebe é que, muitas vezes, elas mesmas estão enviando um inimigo secreto junto com os pequenos para a escolinha. Um que vai mascarado de “coisa boa” mas, na verdade, é um tremendo vilão. O lanche na lancheira. A menos que ela seja térmica, ou o lanche esteja embalado a vácuo, o que acontece ali naquele simples sanduíche com queijo pode se tornar uma baita dor de barriga…

Quando um refrigerado sai no calor…

Lanches-devidamente-embalados.Exatamente. O lanche que nós preparamos com tanto carinho para o nosso pequeno rei do mundo pode causar sérios problemas – e o pior é que provavelmente vamos querer colocar a culpa na escola, fala a verdade? Mas vamos ver como é que armamos essa cilada, mesmo sem querer.

Um lanche, isso é fácil perceber, é altamente perecível. Sendo um produto alimentício e pronto para o consumo, assim que ele entra em contato com o ar já começam alguns processos de fermentação e de degradação das substâncias ali presentes, transformando cada ingrediente no melhor ambiente do mundo para bactérias. Isso acontece especialmente com aqueles alimentos que precisam ficar em ambiente refrigerado (por exemplo, queijos, presunto, etc.) e que passam algum tempo em temperatura ambiente.

Especialmente nos dias mais quentes, lanches feitos com frios sofrem um verdadeiro atentado quando ficam na lancheira, principalmente se o local onde ela ficar guardada for pouco ventilado e próximo a alguma parede que receba muita luz solar – ou pior, se o local onde ela for guardada receber luz solar direta. Rapidamente, os alimentos contidos ali começarão a se degradar e as bactérias vão se proliferar rapidamente. Agora imagine isso indo para o estômago de nossos pequenos?

Quando a bactéria vai pra barriguinha…

É fácil imaginar, não é? Dores de barriga, vômitos, diarréia, febre, mau-estar e uma corrida ao médico (além dos gastos na farmácia, mas o pior é ver o filhote doentinho, coitado). Em alguns casos, a crise é tão intensa que a criança fica muito desidratada e acaba precisando até receber soro intravenoso; só o soro via oral já não resolve. Mas isso só em casos mais extremos, ainda bem. Na maioria deles, o soro oral dá conta do recado. Mas o melhor é evitar que isso aconteça, não é?

Intoxicações alimentares são relativamente comuns porque cuidados simples como a refrigeração adequada dos lanches não são tomados. Em compensação, nem toda escola dispõe de geladeira para armazenar o lanche de todas as crianças – ao mesmo tempo, lancheiras térmicas não são uma coisa comum de se ver por aí. Neste caso, a solução é variar o cardápio ou inovar na armazenagem.

Belas saídas!

Os lanches secos são aqueles montados basicamente com biscoitos, bolos e frutas. Como a criança não dá conta de comer um pacote inteiro (aliás, ainda bem!), podemos separar uma pequena porção em um pote plástico (algumas lancheiras já vêm com um). Inclusive, pode-se até variar, colocando mais de um tipo de biscoitos. A fruta pode ser embalada em plástico-filme. O bolo pode ir em um ponte plástico também, para evitar que a movimentação o esfarele todo dentro da lancheira.

Embaladora-para-uso-doméstico.Contudo, caso a mãe – e a criança – prefiram mesmo continuar como sanduíche, uma saída muito interessante para aumentar a duração do alimento é embalá-lo a vácuo. A ausência do ar no interior do plástico retarda a deterioração do alimento e o sanduíche ganha um prazo a mais para ser armazenado sem refrigeração – ainda que o ideal seja refrigerá-lo mesmo assim.

Existem ótimas seladoras a vácuo no mercado, destinadas ao uso doméstico. Seu pequeno porte facilita o manuseio e as torna fáceis de guardar. Ao contrário do que possa parecer, seladoras a vácuo domésticas são extremamente seguras exatamente por serem domésticas: o fabricante já supõe que serão operadas por pessoas sem treinamento prévio, então as desenvolvem em carenagens mais fechadas, com menor exposição das peças que fazem a selagem. Ainda assim, obviamente, só devem ser manuseadas por adultos.

Soluções simples podem fazer a diferença na vida de nossos filhotes. Pense a respeito do que você pode fazer para garantir a segurança alimentar do seu pequeno na escolinha e não tenha dúvida: bote para funcionar!

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